Autor: Guilherme Hohgraefe Neto

Atualização do Manual de Meios de Contrastes do Colégio Americano de Radiologia – 2021

Atualização do Manual de Meios de Contrastes do Colégio Americano de Radiologia – 2021

Acaba de sair a versão atualizada do Manual de Contrastes do Colégio Americano de Radiologia.

Nessa versão, o apêndice A , que fala sobre as características dos meios de contraste, recebeu algumas atualizações.

Mas a atualização que realmente todos esperávamos, está no CAPÍTULO 5. Após diversos estudos serem publicados nos últimos anos, inclusive um brasileiro conduzido pela Dra. Paula N. V. P. Barbosa do AC Camargo, mostrando que jejum não é fator determinante para desenvolvimento de náuseas e vômitos durante a infusão do contraste endovenoso, o Colégio Americano de Radiologia inseriu um capítulo para discutir o assunto, concluindo que jejum não é mais necessário previamente à infusão de contrastes endovenosos.

Exceção são os pacientes que farão exames com anestesia ou sedação, esses devem seguir as orientações de preparo da equipe de anestesia.

Acesse a versão 2021 do ACR Manual on Contrast Media clicando aqui!

Card sobre intervalo mínimo entre doses de contraste radiológico

Card sobre intervalo mínimo entre doses de contraste radiológico

Se você já leu nossa postagem sobre o intervalo mínimo entre doses de contraste radiológico, pode querer um resuminho para deixar no mural do seu serviço. Fizemos um para você!

Esperamos que você faça bom uso do material que o meiosdecontraste.com.br disponibiliza gratuitamente! Se gostou, divulgue nosso trabalho, assim cresceremos e poderemos oferecer cada vez mais material confiável para facilitar sua prática.

MRIONLINE

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O MRIONLINE.com.br é plataforma para acessar protocolos, pesquisar e perguntar sobre Ressonância Magnética.

Trata-se de uma fonte de conhecimento em Ressonância Magnética que cresce a cada dia com o objetivo de contribuir de forma prática e aplicada na rotina clínica para o busca do melhor diagnóstico.

O MRIONLINE é destinado aos profissionais que trabalham ou estudam Ressonância Magnética, notadamente técnicos, tecnólogos, biomédicos, médicos Radiologistas e residentes em radiologia.

Intervalo entre exames contrastados

Qual o intervalo entre um exame radiológico contrastado e um exame de cintilografia?

Não há interferência entre os meios de contraste radiológicos e as técnicas de aquisição de imagem da Medicina Nuclear. Por esse motivo, não é necessário intervalo entre exames radiológicos e cintilografia.

O contrário também é verdadeiro: não há necessidade de intervalo entre cintilografia e exames radiológicos.

A única exceção em relação aos exames de Medicina Nuclear refere-se ao PET/CT. Caso um paciente realize uma ressonância magnética com contraste a base de gadolínio ou uma tomografia computadorizada com contraste iodado e logo a seguir realize um PET/CT, o contraste radiológico estará em fase de excreção urinária e será identificado no CT do PET/CT. Adicionalmente, o aumento de densidade dos tecidos contrastados pode afetar a correção de atenuação do radiofármaco. Por essas razões, recomenda-se pelo menos 4 horas de intervalo entre um exame radiológico contrastado e um exame de PET/CT.

 

Qual o intervalo entre duas doses de contraste a base de iodo?

O intervalo entre duas doses de iodo será definido de acordo com a taxa de filtração glomerular (TFG). Utilize nossa Calculadora para estimar a TFG do paciente.

  • Pacientes com taxa de filtração glomerular normal ou moderadamente reduzida (TFG > 30 mL/min/1,73 m² de superfície corporal): 4 horas de intervalo entre as doses de iodo.
  • Pacientes com taxa de filtração glomerular severamente reduzida (TFG < 30 mL/min/1,73 m² de superfície corporal): 48 horas de intervalo entre as doses de iodo.

 

Qual o intervalo entre duas doses de contraste a base de gadolínio?

O intervalo entre duas doses de gadolínio será definido de acordo com a taxa de filtração glomerular (TFG). Utilize nossa Calculadora para estimar a TFG do paciente.

  • Pacientes com taxa de filtração glomerular normal ou moderadamente reduzida (TFG > 30 mL/min/1,73 m² de superfície corporal): 4 horas de intervalo entre as doses de gadolínio.
  • Pacientes com taxa de filtração glomerular severamente reduzida (TFG < 30 mL/min/1,73 m² de superfície corporal): 7 dias de intervalo entre as doses de gadolínio.

 

Qual o intervalo entre uma dose de contraste iodado e uma dose de contraste a base de gadolínio?

O intervalo entre uma dose de contraste a base de iodo e uma dose de contraste a base de gadolínio será definido de acordo com a taxa de filtração glomerular (TFG). Utilize nossa Calculadora para estimar a TFG do paciente.

  • Pacientes com taxa de filtração glomerular normal ou moderadamente reduzida (TFG > 30 mL/min/1,73 m² de superfície corporal): 4 horas de intervalo entre as doses.
  • Pacientes com taxa de filtração glomerular severamente reduzida (TFG < 30 mL/min/1,73 m² de superfície corporal): 7 dias de intervalo entre as doses.

 

Qual o intervalo entre doses de contraste a base de iodo e gadolínio em pacientes em diálise?

Em pacientes que forem utilizar contraste iodado, se houver alguma função renal residual (paciente produz urina), recomenda-se 48 horas de intervalo entre as doses. Em pacientes que não possuam função renal residual (paciente não produz urina) não há necessidade de intervalo entre as doses.

Em pacientes que forem utilizar contraste a base de gadolínio (macrocíclico), recomenda-se 7 dias de intervalo entre as doses, independente da existência de função renal residual.

 

Quanto tempo após uma dose de contraste iodado ou a base de gadolínio o paciente deve realizar nova sessão de diálise?

Contrastes iodados (não-iônicos): não é necessário alterar a rotina de diálise do paciente.

Contrastes a base de gadolínio (macrocíclicos): o exame deverá ser realizado em horário próximo ao horário da diálise, evitando intervalos superiores a 24 horas.